Quando um amigo pede para você contratar um empréstimo em seu nome ou pede para você comprar aquele celular para ele, você acredita que ele irá pagar direitinho para não te prejudicar, afinal a confiança é tudo, certo?
Nem sempre. Às vezes, a realidade fala mais alto e, apesar do seu amigo querer te pagar, outras contas também batem à porta dele. Afinal, se ele te pediu um favor desse tipo é porque, provavelmente, já tem alguma dívida que não consegue pagar ou não consegue comprovar renda para fazer a contratação.
A verdade é que quando alguém próximo precisa de ajuda, é difícil dizer não. Mas acredite: falar não é muito importante, tanto pela pessoa que te pediu para emprestar o nome, quanto para você. Se seu amigo não conseguir pagar, é você que terá que arcar com a prestação ou, pior ainda, é o seu nome que pode parar na lista de inadimplentes. E se você tem uma empresa então, os cuidados devem ser redobrados. Afinal, ter o nome sujo pode até mesmo colocar seu negócio em risco.
Foi justamente o que aconteceu com a Sandra, que é microempreendedora. Às vésperas do nascimento de sua filha, ela emprestou o nome para seu primo comprar uma motocicleta. Quatro meses depois, o primo ficou desempregado e parou de pagar o financiamento. Sandra começou a receber cartas de cobrança e as dívidas foram se acumulando. “A única coisa que a gente tem antes de nascer é o nome. É o que você tem de mais importante”, diz a Sandra. Essa crença a motivou a dar a volta por cima. Assista ao vídeo e conheça sua história.
Na maioria das vezes, não se trata de má fé. Mas, infelizmente, a confiança entre você e a pessoa que te pediu o nome emprestado e não pagou nunca mais será a mesma. Confira, 3 dicas para não entrar nessa fria.
– Se você é aposentado e tem facilidade para acessar o empréstimo consignado, que tem taxas de juros mais baixas que as demais linhas de crédito, não aceite fazer a contratação para filhos, netos ou qualquer outra pessoa. A consignação é uma das principais causas do superendividamento de idosos no Brasil.
– Quando alguém pedir que você faça uma fiança, compra ou contratação de crédito, mostre-se solidário com a situação que o outro está vivendo. Mas seja firme: explique os riscos e diga que você não pode emprestar o nome, mas talvez possa ajudar de outra maneira. Por exemplo: indicando a pessoa para algum trabalho extra no final de semana, de maneira que ela junte dinheiro para fazer o que pretende.
– Se mesmo conhecendo todos os riscos, você decida emprestar seu nome, você pode exigir algum tipo de garantia, como, por exemplo, um contrato feito em cartório, nota promissória ou cheque pré-datado. Porém, isso não evitará que seu nome vá parar na lista de restrição de crédito. Mas, depois de pagar a sua dívida, você poderá entrar na Justiça para tentar receber o valor que desembolsou, caso a pessoa não te pague.
SERASA
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