Com a queda da
Taxa Básica de Juros, a caderneta de poupança voltou a emparelhar o rendimento
com outras aplicações de renda fixa. Isso porque a redução do juro básico podou
boa parte do ganho com outras aplicações populares, como CDBs e fundos
oferecidos nos bancos. Conforme a Associação Brasileira das Entidades dos
Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), 85% dos brasileiros que têm
dinheiro guardado recorrem à poupança. E, de cada R$ 10 poupados, R$ 4 estão na
caderneta.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, ele não é sempre o
mesmo. Desde 2012, a rentabilidade depende da taxa básica de juros, a Selic.
Quando ela está acima de 8,5% ao ano, a remuneração da poupança é de 0,5% ao
mês (6,17% ao ano), mais a variação da Taxa Referencial (TR), atualizada
diariamente pelo Banco Central. Entretanto, se a Selic estiver em 8,5% ao ano
ou menos, como atualmente, a poupança irá render 70% da Selic mais a TR.
Hoje, com a Selic em 6,75%, a poupança rende 4,73% ao ano, mais
TR, que tem tido variação perto de zero. É uma rentabilidade líquida semelhante
a outras da renda fixa oferecida aos pequenos investidores – mas com a vantagem
de ser mais fácil para aplicação e saque. E, em tempos de inflação sob
controle, é a garantia de que o dinheiro guardado não perderá poder de
compra.
“Se o dinheiro está parado na conta corrente, sem muita
complicação, é possível transferi-lo para a poupança. Assim, o consumidor
consegue uma rentabilidade que, apesar de pequena, é maior do que do zero”,
explica Marcela Kawauti, economista- chefe do SPC Brasil.
Apesar da praticidade, alguns pontos contam contra a
caderneta. Principalmente para aqueles que têm objetivos de longo prazo e podem
guardar um pouco mais de dinheiro, há disponíveis modalidades de investimentos
mais lucrativas e sem grandes riscos. Os bancos costumam oferecer bons
rendimentos para quem mantém mais de R$ 50 mil aplicados por um prazo superior
a 18 meses, na casa de 7% ao ano. E, mesmo que estes tenham descontos do
Imposto de Renda, acabam sendo mais vantajosos do que a poupança.
“A poupança é um método que deve ser utilizado principalmente
como forma de acesso para outros tipos de investimento, não de forma permanente”,
afirma o economista especializado em investimentos pessoais Pedro Afonso
Coelho.
Confira abaixo mais detalhes
sobre como funciona esse tipo de investimento, tão popular entre os
brasileiros:
Quanto rende a
poupança?
- A rentabilidade depende da taxa básica de juros,a Selic.
- Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano,a remuneração
da poupança é de 0,5% ao mês, mais a variação da Taxa Referencial
(TR).Portanto, o rendimento anual passa de 6,17%.
- Se a Selic estiver em 8,5% ao ano ou menos,a poupança
rende 70% da Selic mais a TR. Hoje,com a Selic em 6,75%,a poupança rende 4,73%
ao ano mais a TR, que tem tido variação perto de zero.
- Como não há incidência de Imposto de Renda nem cobrança de
taxas,este acaba sendo o valor líquido.
Quando o dinheiro é
corrigido?
- Para
que haja o rendimento, é necessário aguardar o mês inteiro. Ou seja,esta é uma
diferença da poupança para outras aplicações que fracionam sua valorização
mensal ao longo dos dias.
- A correção do valor guardado se dá no aniversário de
cada depósito. Cada depósito tem um aniversário exatamente igual ao dia em que
ele foi feito e se valoriza nessa data.
- Exemplo: se uma aplicação é feita em 10 de março e outra
em 20 de março,a primeira terá rendimento no próximo dia 10 e a segunda,no dia
20.
- Se o aniversário cair em um fim de semana ou feriado,o
rendimento é creditado apenas no próximo dia útil.
- A regra é diferente se o primeiro depósito ocorrer nos
dias 29,30 e 31. Nesses casos,o aniversário é no dia 1º.
- Se uma mesma poupança tiver vários depósitos,os
aniversários serão em diferentes datas.Na hora do saque,o banco debitará os
valores correspondentes às datas que já tiverem feito aniversário naquele
mês.
- Se você fizer um resgate um dia antes,por exemplo,abrirá
mão do rendimento completo daquele mês.
Fonte:Banco Central do Brasil ,Gazeta do Povo
Por:Ivanda Vieira
Nenhum comentário:
Postar um comentário