segunda-feira, 22 de maio de 2017

Capital intelectual: dicas para valorizar o principal ativo da sua empresa

“Tempo é dinheiro”, e “Empresas são feitas por pessoas”: duas máximas que você deve estar exausto de ouvir. No entanto, quando unimos ambas as frases, surge um território de intersecção que determina o fracasso ou o sucesso de uma empresa. O encontro destes dois princípios demonstra o quão importante é formar uma empresa por pessoas que correspondam aos valores e à visão dela – e cujas habilidades e competência otimizem o uso do tempo. Enfim, pessoas com o capital intelectual adequado.

De onde vem o termo?

Trata-se de um conceito relativamente recente. O capital intelectual surge na Sociedade do Conhecimento – que é o período histórico que sucede a Sociedade da Informação, em que as redes sociais exercem papel fundamental.
Em alguns trabalhos científicos, o austríaco Peter Drucker (1996), considerado papa da administração, analisou o poder da informação como originária de ações de sucesso. Afirma ele que são essenciais para a criação e a permanência das organizações no mercado. E que, quanto mais cedo obtivermos informações antecipadas, maiores serão as chances de criar, planejar, controlar, solucionar ou tirar oportunidade de um dado momento.
Para o autor americano Thomas Stewart (1998), o capital intelectual é constituído por toda matéria intelectual – conhecimento, informação, propriedade intelectual, experiência – que pode ser utilizada para gerar riqueza.
Trocando em miúdos, o capital intelectual engloba os conhecimentos adquiridos e acumulados de uma organização. Ou seja, os conhecimentos acumulados por uma empresa que se referem a pessoas, projetos, patentes, sistemas, metodologias, etc. É como um baú onde é depositada a soma das informações que podem ser utilizadas a favor dos negócios, em algum momento específico.

Algum exemplo?

Sem dúvida. Imagine uma empresa do ramo de sustentabilidade. Que invista, digamos, em pesquisas para criar metodologias e promover maior rendimento ambiental e econômico: o capital intelectual dessa organização é constituído por tudo o que resultar dessas pesquisas – sejam resultados bons ou ruins. Outro exemplo: um gerente da área de recursos humanos que, quanto mais treinado, mais qualificado estará; um processo industrial mais rápido por conta da preparação de quem participa dele, e por aí vai. Hoje, o capital intelectual é considerado um diferencial competitivo fundamental.

Como formar o melhor capital intelectual para minha empresa?

Eis a pergunta de um milhão de dólares. Um dos maiores desafios para qualquer gestor é o recrutamento e a gestão de pessoas – daquelas que tenham as habilidades certas, que se adequem aos valores e à visão da empresa e que contribuam com o enriquecimento do capital intelectual dela.
É fato que cada empresa deve encontrar sua forma de atrair os talentos mais adequados. No entanto, algumas dicas para o dia a dia podem te ajudar a cultivar o capital intelectual – tanto o seu próprio como o da sua empresa:
1. Jamais negligenciar no trabalho, no atendimento ao cliente e no desenvolvimento o conhecimento adquirido ao longo das atividades. Todo cliente sabe, ou intui, que esse conhecimento e as credenciais de uma empresa, por si só, não bastam: só terão valor se forem aplicados.
2. Nunca acomodar-se com o que foi aprendido na faculdade – nunca parar de estudar, ou de aprender. E isto vale para colaboradores e líderes. Em cada campo do conhecimento, a evolução hoje pode ser rápida e intensa – e acompanhá-la não é tarefa das mais fáceis. Quando um profissional se concentra em trabalhar, estimulado apenas pelas necessidades de ganho imediato, sua carreira vai sofrer. Jamais deixe que o conhecimento se deteriore.
3. Buscar credenciais mais elevadas de acordo com as demandas do mercado. Por exemplo: houve um tempo, no Brasil, em que alguém com o segundo grau completo facilmente chegava à gerência em uma multinacional. Depois, tornou-se necessário o ensino superior; hoje, a pós-graduação é que reina.

Tendências que você precisa conhecer

Embora o assunto seja recente, o conhecimento sobre capital intelectual vem se desenvolvendo rapidamente. Porque faz parte de um campo maior, o de capital humano.
Em 2016, a Deloitte apresentou, em um estudo, um novo formato para a gestão estratégica das empresas: as equipes por projetos. Nesse modelo, as pessoas são alocadas para entregas específicas, e não agrupadas por áreas, como tradicionalmente acontece. Os entrevistados acreditam que essa é uma forma mais funcional de distribuir os recursos da organização – e de se aproveitar melhor o capital intelectual de uma empresa.
Isso é importante porque o mundo atual pede mudanças. Afinal, o cenário corporativo vem sofrendo a influência negativa de fatores como volatilidade(mudanças efêmeras e rápidas), incerteza (muitas informações e perspectivas contraditórias), complexidade (momento político e econômico) e ambiguidade(enfoque ético que leva a situações que têm lado bom e ruim ao mesmo tempo).
Assim, para transformar o modo de atuação e aproveitamento do capital intelectual, a pesquisa da Deloitte aponta as cinco estratégias que empresas já adotam para melhorar a execução do trabalho:
1) equipes por projeto (misturando jovens e seniores);
2) menos níveis hierárquicos;
3) revisão de métricas;
4) adoção de tecnologias;
5) reformulação da cultura.

Desperdícios podem ser fatais

Pois é. Tempo é mesmo dinheiro, e empresas são feitas por pessoas. Quanto mais você inserir isso em sua rotina, mais evitará os desperdícios que podem causar sérios danos aos negócios.
Via: runrun it

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