Com o objetivo de melhorar a prestação de serviços e facilitar o
processo de emissão de CNPJ, reduzindo de 60 para apenas quatro dias, a Receita
Federal firmou convênio com o Instituto de Registro de Títulos e Documentos e
de Pessoas Jurídicas do Brasil (RTDPJ). O órgão congrega cartórios de todo o
Brasil e cuida do processo de integração eletrônica junto às instituições de
registro.
Segundo o superintendente da 3ª Região Fiscal, João Batista
Barros, uma nova fronteira de integração dos cadastros e de facilitação ao
contribuinte está sendo aberta, a partir da implantação deste serviço. “O
convênio prioriza a união cadastral e a desburocratização e, desta forma, o
CNPJ passa a ser emitido, alterado e baixado, concomitantemente, com o registro
do específico ato no cartório”, afirmou.
O Ceará assume a liderança no País com a implantação do sistema
em 139 cartórios de um total de 256 estabelecimentos do gênero em todo o
Estado. O Cartório Morais Correia foi o primeiro a emitir CNPJ. Para o
superintendente da Receita, o CPF e o CNPJ são patrimônios nacionais e
constituem os principais cadastros do País. “Nossa confiança nas entidades
notárias permite que a gestão desse patrimônio seja, agora, partilhada com a
sociedade, que ganha com essa integração, menor custo e proximidade no
atendimento”, afirmou.
Transição
Atualmente, a emissão de CNPJ encontra-se em um período de
transição em que o contribuinte poderá optar para dar entrada no documento
tanto nas unidades da Receita Federal, como nos cartórios. A partir do próximo
dia 15 de outubro, os documentos básicos de entrada (DBE) serão processados
somente pelos cartórios, exceto atos de oficio e eventos que não necessitem do
ato de registro (mudança de contador responsável ou de correio eletrônico).
O novo serviço representa 10% dos atendimentos relativos a
cadastro na Receita Federal e já gerou outro produto: a emissão de CPF junto ao
registro de nascimento civil, segundo Daniel Belmiro Fontes, coordenador geral
de cadastros (Cocad/RFB). “O CPF do futuro contribuinte permite a abertura de
poupança, acesso a medicamentos e outros programas sociais”, destacou.
RedeSIM
Para simplificar a abertura e baixa de CNPJ, viabilizando o
projeto de integração de todos os cartórios do País à Receita Federal foi
desenvolvida a RedeSIM (Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da
Legalização de Empresas e Negócios), criada pela Lei nº 11.598 de 2007, para
permitir que o cidadão abra ou regularize sua pessoa jurídica de forma
simplificada e sem burocracia. A Rede é administrada por um comitê geral
composto por membros dos governos Federal, estaduais e municipais, funcionando
em parceria com as juntas comerciais dos estados.
“A integração ajudará a simplificar processos. Na prática, significa dizer que os órgãos responsáveis pelo registro e legalização de empresas atuarão de forma interligada, permitindo a realização de todo o processo por meio de entrada única de dados na internet, afirma Andréa Martins, coordenadora de negócios relacionados ao CNPJ e à RedeSIM no Serpro.
“A integração ajudará a simplificar processos. Na prática, significa dizer que os órgãos responsáveis pelo registro e legalização de empresas atuarão de forma interligada, permitindo a realização de todo o processo por meio de entrada única de dados na internet, afirma Andréa Martins, coordenadora de negócios relacionados ao CNPJ e à RedeSIM no Serpro.
Fonte: Jornal O Estado.
Por: Edilomar Evangelista
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